O desejo pelo término de um ano talvez nunca tenha sido tão grande como está sendo em 2020! Um ano de pandemia, de incertezas, com a ameaça de um vírus rondando nossas casas e fazendo nossas rotinas virarem de cabeça para baixo.
O tempo que normalmente já parece voar para boa parte das pessoas, esse ano disparou de vez, em meio ao turbilhão chamado 2020.
De repente você piscou, o ano está terminando e a "Dezembrite" bateu à porta outra vez (e desta vez trouxe na bagagem uma dose extra de intensidade). O termo "Dezembrite" é uma brincadeira, mas o fenômeno é mais comum do que você imagina!
Não são raros os relatos de pessoas que percebem um aumento dos sintomas relacionados a depressão e picos de ansiedade nesta época do ano, e em um ano de pandemia isso tudo veio de maneira muito mais intensa e frequente.
Mas você sabe porque isso acontece?
Existem muitos fatores que explicam a "Dezembrite". Aqui vamos visitar alguns dos mais comuns e conferir algumas dicas de como agir para evitar que esse fenômeno invada nossos dias (ou ao menos minimizar os sintomas):
📌 Cansaço: o segundo semestre do ano normalmente é mais cansativo para maior parte das pessoas. Já viemos acumulando o resultado da correria do primeiro semestre, e passamos a enfrentar dias mais longos e quentes pela proximidade do verão. E todo esse cansaço acaba sendo muitas vezes confundido com desanimo. Para agravar ainda mais essa sensação, nos últimos 9 meses passamos a conviver com a COVID-19 exigindo cuidados e estado de alerta o tempo todo. Por isso, aprenda a reconhecer os seus limites, e se permita fazer pausas! Você não precisa e não vai dar conta de uma semana em um só dia
📌 Expectativas em excesso, frustação e auto cobrança: uma parcela significativa das pessoas fantasiam que ao badalar da meia noite do dia 31/12 tudo vai se transformar como mágica. E este ano ainda se tem aquela pontinha de fantasia de que a pandemia vai pegar carona nos fogos de artifício e e vai partir de vez. Fazem lista de metas, fazem várias promessas, mas na hora de agir poucas pessoas de fato se comprometem em realmente fazer movimentos que façam a sonhada mudança acontecer! Dezembro chega e a lista está ali, esquecida na gaveta. É o momento em a auto cobrança vem, e traz de carona a frustação... a maior parte das promessas não se tornou realidade (já que passe de mágica só funciona bem nos clássicos da Disney). Para evitar que isso aconteça, é necessário ser realista no momento de criar suas metas e fazer suas promessas para o próximo ano, e de fato se comprometer com cada uma delas. Vamos entrar 2021 com a pandemia ainda presente por aqui, pois aquele desejo de que ela pegue carona nos fogos de artifício e vá embora de vez, infelizmente vai ficar apenas no campo da fantasia. Então lembre-se: só vamos ter um ano melhor se estivermos dispostos a arregaçar as mangas e fazer cada dia valer a pena!
📌 Contagem regressiva para o fim do mundo? Sim! Esta é a sensação que dezembro parece trazer. É uma enxurrada de pessoas correndo contra o relógio, querendo dar conta de um ano em um mês. Compras, limpeza, ceia, férias, trânsito... e como se não fosse o bastante este ano temos crianças com aulas remotas, limitações no ir e vir para se proteger da COVID, máscaras, e uma dose extra se limpeza nos acompanhando. É pouco? Não! Mas é aí que a organização e um bom planejamento fazem toda a diferença! Crie o hábito de organizar e planejar as coisas durante os 12 meses do ano. Escolha a ferramenta que melhor atende sua necessidade (pode ser uma agenda, um aplicativo, um planner, um bloquinho de notas... só precisar ser funcional para você), e sempre vá programando dando preferência ao que é prioridade. E o mais importante: com os dois pés na realidade para não colocar tarefa demais em um só dia! Lembra do que falamos sobre a frustação agora a pouco? Dia com 30 horas, só naquele banco que usava isso como slogan! Seja gentil e realista com você mesmo.
📌 Dose extra de emoção: para muitas pessoas o Natal e o final de ano, tem uma dose extra de emoção. É a saudade de quem já partiu, a saudade de quem mora longe, as desavenças com pessoas que amamos, e a atenção que deixamos de dar para aquilo que sentimos durante o ano inteiro. Como lidar com as "emoções à flor da pele"? Não ignorando o fato de que somos carregados de emocional, e que nossa saúde mental precisa de tantos cuidados e atenção quanto nosso físico! Cuide de você. Respeite seus limites. Não queira dar conta do mundo. E se puder faça terapia. Cuidar de você não é egoísmo, é um ato de amor.
Lembre-se que mesmo em tempos de pandemia, e distanciamento social, é preciso também cuidar da sua saúde emocional!
Agora que conferiu algumas causas e dicas, me conte: a "Dezembrite" chegou por aí?
Que viver o distanciamento social é um
desafio e quase uma tortura, para boa parte das pessoas, já sabemos. Assim
como, sabemos que a pandemia aflorou muitos medos e, para imensa maioria das
pessoas, vivenciá-la (mesmo que não infectado) é doloroso, angustiante e está
longe de ser uma experiência divertida (convenhamos que viver uma pandemia é
bem chato).
Mas você já parou para pensar se é
possível aprender alguma coisa com tudo isso? Você já aprendeu algo com esses
meses de convivência com a COVID-19?
Sou adepta da ideia de que qualquer
experiência pode ensinar de alguma forma. E é sobre isso que venho conversar
hoje com você!
A pandemia, como já conversamos aqui
algumas vezes, quebrou nossa rotina e vem exigindo muito jogo de cintura e
adaptação. Ela está nos ensinando sobre a importância do planejamento e
organização. Sim, planejamento! Você já deve ter percebido que cada
saída de casa tem sido diferente do que era antes de março deste ano.
Precisamos fazer listas para não esquecer de nada ao ir as compras e assim
evitar saídas desnecessárias. Da mesma forma como traçamos roteiros se
precisamos em ir em diferentes lugares, otimizando o tempo e ficando expostos o
menor tempo possível. Isso tudo exige planejamento. Hoje nos deparamos com
trabalho em casa, aulas em casa, família em casa, refeições em casa, lazer em
casa.... e convenhamos haja planejamento e organização para dar conta disso!
Ainda na mesma linha do planejamento e da
organização, vem nos ensinando a importância de planejar as coisas a curto
prazo (neste momento até mais do que a médio e longo prazo), pois em um cenário
de incertezas e de tantas mudanças precisamos estar "preparados", na
medida do possível, para o que pode acontecer. Se antes fazíamos planos para as
férias de final de ano já desde o primeiro trimestre de ano, hoje temos que
planejar como vamos fazer para trabalhar na semana seguinte se as aulas
presenciais se manterem suspensas. Se antes fazíamos planos para comprar
determinado bem material, hoje vamos avaliando o cenário com cautela para
negociar possíveis atrasos em nossas contas e para ver até onde podemos
comprometer nossos recursos financeiros.
E por falar em finanças, você há de convir
que a pandemia vem impactando a economia de maneira agressiva. Pessoas que se
deparam com demissões (e o risco de ser demitido talvez nunca esteve tão
elevado), contratos de trabalho suspensos temporariamente, empreendedores (que
mais do que nunca) precisam se desdobrar para manter seus negócios, e empresas
que acabam não tendo fôlego e acabam fechando sufocadas pelos rastros da
COVID-19. Aqui entramos em outro ponto que pode ser encarado como ensinamento
o consumo consciente. Talvez esse já você um hábito seu, mas
se não era esse talvez seja um momento para refletir. Assim como precisamos nos
planejar, organizar e reorganizar nossas finanças no atual cenário, precisamos
também avaliar sobre o que de fato precisamos, sobre o que realmente é
necessidade e o que estamos nos impondo como uma necessidade.
Novas formas esse talvez seja o ponto mais perceptível
dos ensinamentos. Tivemos que pensar rapidamente em novas formas para
trabalhar, para estudar, para nos distrair e até mesmo para amenizar as
saudades das pessoas que amamos.
Nos deparamos com as aulas em casa, e haja
criatividade para elaborar aulas virtuais (para quem não havia sido preparado
para isso como a imensa maioria dos profissionais da educação), para auxiliar
as crianças em casa com essa nova didática e convenhamos haja adaptação das
crianças para que consigam se concentrar, aprender e ainda lidar com o fato de
que não podem mais ver seus colegas na escola por tempo indeterminado.
No campo do trabalho conhecemos o, hoje
tão falado, home office que vem mostrando que veio para ficar, mas que é
desafiador e exige cuidados. Precisamos estar atentos para limitar o tempo de
trabalho, já que ele está dentro das nossas casas. Precisamos estar atentos a
produtividade, para não ficar dispersos já que não temos o ambiente de trabalho
no formato que já estávamos habituados. Precisamos estar atentos a ergonomia.
Precisamos estar atentos à nossa saúde emocional, pois ele pode ser fonte de
ansiedade e adoecimento se não estivermos atentos. Mas entraremos nos detalhes
do home office em outro momento! E também no campo do trabalho temos as
pessoas que não entraram em home office (pois suas atividades não
comportam esta modalidade) e aí precisam se adaptar ao trabalho com rotinas de
cuidado e proteção, precisam lidar com o medo de se contaminar e acabar
contaminando seus familiares, com a pressão das pessoas que não entendem que
para eles simplesmente não é possível cumprir o tal "fique em casa".
E por fim, foi preciso buscar novas formas
para nos distrair e amenizar as saudades. E neste ponto a tecnologia e a
internet foram nossos aliados. Vídeo chamada, lives com shows que vieram
para dentro de nossas casas, rodas de conversa, sorrisos e lágrimas
compartilhadas possibilitadas através das telas de nossos celulares e
computadores.
E para finalizar um ensinamento que espero
que seja um daqueles que veio para ficar é sobre saúde mental. Se
até então ainda encarávamos o tema com tabu e preconceito, a pandemia veio para
mostrar que não somos somente um corpo físico, e que olhar com amor e cuidado
para nossa saúde mental é fundamental. Ainda temos muito caminho pela frente,
mas a pandemia está mostrando que saúde mental não é coisa de gente de pouca
fé, de gente desocupada ou apenas coisa para louco. Nos deparamos com um
cenário extremamente ansiogênico, com isolamento, com incertezas, com lutos,
com angústias. Já existem muitos estudos apontando um aumento do adoecimento
ligado a questões de saúde mental, e da importância de investir em ações que
possam dar suporte para as pessoas desde agora para que não venha a ser a
próxima pandemia.
Aproveito a oportunidade de estar aqui
conversando com você leitor neste momento e frisar mais uma vez: sua saúde
mental também precisa de cuidados! Não tenha medo, e não hesite em buscar ajuda
de um profissional, quando perceber que está difícil lidar com tudo isso
sozinho.
Então, caro leitor, a pandemia vem lhe
ensinando alguma coisa? Compartilhe aqui comigo!
Eu poderia vir aqui escrever um texto
bonito, uma mensagem delicada para que você pudesse compartilhar com a sua mãe,
com a mãe dos seus filhos, ou com as suas colegas ou amigas que são mães.
Mas eu trabalho com mulheres
reais, eu escuto mães reais e eu não poderia minimizar, nesta data, aquilo que
elas realmente sentem. Por isso venho hoje falar sobre sentimentos e
maternidade real!
Esse dia das mães provavelmente
está sendo bem diferente para muitas mães e para muitos filhos. É tempo de
pandemia, de distanciamento social, de quarentena, e provavelmente um dia das
mães sem abraços apertados, sem almoço em família, sem presentes ou sem
presença, para muitas mães!
E é sobre ser presente que eu
gostaria de falar com você neste dia das mães.
Hoje eu escrevo para você que é
mãe, e escrevo também para você que ainda não vivenciou a maternidade. Escrevo
também para você que é pai, para você filha(o). Para as mães escrevo para que
saibam que não estão sozinhas, e para todos os outros para que possam se
desafiar a olhar para as mães de uma outra perspectiva.
Quarentena não é uma palavra
nova para as mães... em decorrência de uma pandemia sim, mas elas já
vivenciaram uma quarentena quando “recém-paridas”, e sabem que os sentimentos
ali são difíceis, nebulosos e doloridos.
A mãe em quarentena, é uma mãe “recém-parida”,
com seu maior amor nos braços. Ela experimenta sensações que jamais havia
experimentado (ao menos não com tamanha intensidade). É felicidade, e amor que
transbordam. Mas ela carrega medos e insegurança, sente dores, e se vê sozinha
muitas e muitas vezes. A quarentena passa, e as mães seguem vivenciando seu
turbilhão de emoções.
Nesse período se constroem
mulheres que se veem muito mais fortes do que imaginavam ser. Mas vou lhe
contar um segredo: mulheres fortes, também precisam de cuidado. Mães
extraordinárias também merecem e precisam de colo, aconchego e apoio.
E lembram que disse que escrevo
neste dia sobre ser presente? Pois bem... mães reais precisam de uma rede de
apoio que se faça presente!
Sim, mães reais são fortes, mas
ao mesmo tempo se desmancham diante de cada pequena conquista de seus filhos.
Mães reais são multitarefas e parecem sempre dar conta de tudo sozinhas, mas
elas choram nas madrugadas sozinhas em pé ao lado do berço, choram embaixo do
chuveiro, choram caladas em seus travesseiros.
E antes que você pergunte: mas
porque não pedem ajuda?
Vou lhe contar outro segredo:
as mães pedem, muitas vezes elas gritam por ajuda, através de olhares, através
de silêncios... não verbalizam, muitas vezes, porque já carregarem tantas
cargas, que ter que explicar que aquilo tudo não é apenas "obrigação"
ou "papel" delas é um desgaste que já não fazem questão de bancar.
Então, neste dia das mães,
presentes e mimos são muito bem vindos. Mães, em sua grande maioria, se
emocionam não pelo preço do presente que recebem, mas pelo quanto eles vêm
carregados de carinho e amor. Um gesto, um bilhetinho, um detalhe... Mas
procure refletir sobre o quanto você, enquanto rede de apoio, está sendo
presente! Faça-se presente, faça sua parte, e leve o olhar repleto de amor e
gratidão do dia das mães para todos os outros dias.
Feliz dia das mães para você
mãe real que sabe que a maternidade não é cor de rosa, mas é intensa e uma das
experiências mais gratificantes da sua vida. Feliz dia daquelas que sabem o
quanto é doce e ao mesmo tempo desafiador ocupar este lugar. Aproveite seu dia
e sinta-se abraçada!
Desde que a Organização Mundial da Saúde
(OMS) anunciou a COVID-19 como pandemia, e que o distanciamento social foi
decretado, estamos recebendo diariamente uma enxurrada de lives e dicas
de "como combater a ociosidade" e da "necessidade de se
reinventar".
Vou lhe dizer: Calma! Respire e mantenha
em mente de que estamos vivendo uma pandemia e não uma maratona de
produtividade. Nossa saúde mental já vem pagando um preço bastante elevado
pelos rastros da COVID-19 e não precisamos definitivamente "nos aprontar"
mais está.
É um cenário de incertezas, e os relatos
de ansiedade e angústias mais afloradas, e noites mal dormidas se tornam cada
vez mais frequentes, tanto na escuta clínica quanto nas "rodas"
(mesmo que virtuais) de conversas. Então por que exigir de si mesmo que chegue
ao final da pandemia com uma pilha gigantesca de livros lidos e um aumento
significativo de novos cursos realizados? Porque exigir de si mesmo a tal
"reinvenção"?
Sim, podemos aproveitar esse período para
colocar leituras em dia e fazer aquele curso que há muito vínhamos adiando. Mas
não precisamos (e não devemos) fazer disso uma obrigatoriedade! Tenho visto
pessoas se cobrando de tal forma, que passam a sofrer por não dar conta de
assistir todas as lives, concluir todos os cursos e por não terem lido
2, 3 ou 4 livros desde que a pandemia nos colocou em casa.
Da mesma forma tenho acompanhado pessoas
sofrendo por não sentirem a necessidade de se reinventar como vem sendo pregado
por aí, ou porque simplesmente não conseguem ver formas de fazer isso neste
momento. E aqui é importante ressaltar que existem pessoas que estão sempre em
busca de formas de se reinventar, seja pessoal ou profissionalmente. Muitas
delas porque encaram isso como uma ferramenta de crescimento e desenvolvimento,
é o que as motiva e as faz crescer. Outras porque evitam, mesmo que
inconscientemente, se haverem com coisas que são suas e buscam no
"reinventar-se" uma forma de fuga. Assim como existem as pessoas que
não sentem necessidade alguma de se reinventar, igualmente poque negam, mesmo
que de modo inconsciente, as coisas que lhes cabe e sua responsabilidade no
caos que vivem. Ou ainda por estarem "bem resolvidas" com suas
questões e terem se organizado de tal forma que a reinvenção não se faz
necessária para que sigam suas vidas de modo satisfatório.
A grande questão nisso tudo é perceber (e
respeitar) o seu tempo e as suas necessidades.
Se você conseguir fazer de forma tranquila
e proveitosa um curso que vinha adiando, ou se conseguir colocar em dia as
leituras que vinham atrasadas, maravilha! Mas que isso seja prazeroso para você
e seja para agregar em seu desenvolvimento, mas não para lhe causar ainda mais
desconforto, e muito menos para mostrar aos outros como você foi produtivo
durante a pandemia (como se isso fosse uma disputa para ver quem chegou na
frente).
Da mesma forma a questão do
"reinventar-se". A freada brusca que a pandemia ocasionou no ritmo em
que vínhamos vivendo colocou muitas pessoas de frente consigo mesmas, e isso
pode ser positivo mas por outro lado pode gerar grande desconforto. A
maior parte de nós não foi educada para olhar para si, não somos habituados a
isso. Além disso, falar e/ou cuidar da saúde mental ainda é tabu na sociedade
em que vivemos, o que dificulta ainda mais esse processo. Assim, quando o tempo
"sobra" e nos vemos reclusos, sem poder seguir nossa rotina da forma
como vínhamos seguindo normalmente, a angústia de olhar para si transborda.
Muitas de nossas questões, antes "seguras e bem guardadinhas" afloram
e exigem de nós um olhar diferente. Reinventar-se pode ser necessário para
muitas pessoas neste momento, uma vez que nossas relações de trabalho vêm sendo
diretamente impactadas pela pandemia, e até mesmo porque nossas relações com as
pessoas estão sendo afetadas (e não sabemos por quanto tempo serão desta
forma). O que não podemos é encarar isso como uma regra. Se fizer sentido para
você, perfeito! Aproveite este tempo para revisitar seus gostos, seus projetos
e conhecer um pouco mais sobre você... autoconhecimento muitas vezes abre
possibilidades que jamais imaginaríamos. Mas se não faz sentido para você,
independente do motivo, ou porque simplesmente não vem conseguindo pensar sobre
isso em meio ao caos da pandemia, perfeito também! Respire e não se culpe.
Não vai existir uma receita pronta ou um
manual de instruções perfeito de como enfrentar a pandemia, mas certamente
cuidar da saúde mental vai fazer a diferença! Filtre e limite o tempo exposto a
notícias, cuide da higiene e da saúde física, procure criar uma rotina (mesmo
que temporária), mantenha-se "junto" de seus familiares e/ou amigos
aproveitando os recursos do mundo digital, se puder fique em casa. E não
esqueça: respire, não se culpe, não se cobre tanto, e se puder busque ajuda de
um profissional para lhe ajudar nos cuidados com sua saúde mental.
Mantenha em mente que estamos enfrentando
uma pandemia, e não disputando uma maratona de produtividade. E que sua saúde
emocional precisa (e merece) cuidados, tanto quanto sua saúde física!
O distanciamento social limitou muitas atividades presenciais, entre elas os atendimentos psicológicos. Muitas pessoas passaram a se questionar sobre as possibilidades de dar sequência em seus tratamentos ou até mesmo inciar seus processos. E uma dúvida bastante comum é: atendimento psicológico online funciona?
A resposta é: depende!
Assim como no atendimento presencial o resultado do tratamento depende diretamente do quanto você está comprometido com ele, da escolha de um profissional capaz de conduzir o processo e da transferência entre você e esse profissional (ou seja a conexão, a relação estabelecida entre você e o psicólogo). Logo, sim, é possível ser atendido de modo online com a mesma qualidade, e ter resultados tão positivos quanto nos atendimentos presenciais.
O atendimento psicológico online já é reconhecido e normatizado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) desde 2012, sofreu atualizações orientadas pelo CFP em 2018, e os profissionais que oferecem esse serviço recebem orientações frequentes a respeito. Com pandemia do COVID-19 , e as orientações sobre a necessidade de distanciamento social, os atendimentos online foram ampliados. Os atendimentos online seguem os mesmos cuidados éticos, e podem ser uma excelente alternativa no momento em que vivemos.
Em diferentes situações, fases ou momentos que vivenciamos a psicoterapia pode ser aliada para quem busca autoconhecimento, suporte e formas de se desenvolver, e superar dificuldades. Da mesma forma pode ser importante aliada para enfrentar os efeitos da pandemia e da quarentena, visto que sabemos que vem deixando um rastro que estende para muito além da saúde física. Já percebemos claros reflexos na economia, nos comportamentos e consequentemente em nossa saúde emocional.
A modalidade online, facilita bastante o acesso à profissionais que não atendam em sua cidade ou região, em questões de deslocamento e em tempos de pandemia lhe possibilita ser atendido no conforto e segurança de sua casa (basta ter acesso à internet, um local que lhe garanta privacidade e que não seja interrompido por aproximadamente 50 minutos). No entanto exitem algumas restrições e alguns casos não são recomendados para serem atendidos de modo online, mas um bom profissional conseguirá lhe orientar em relação a isso já no início do processo!
A modalidade presencial por sua vez, facilita muito para as pessoas que não se sentem a vontade com atendimentos online, pessoas que possam ter alguma dificuldade de acessoa a internet, e não tem restrições quanto as demandas.
A duração do processo psicoterapêutico, independente da modalidade, varia de acordo com a sua demanda (qual seu objetivo com o processo ou que que você está buscando), da forma como vai evoluir no decorrer do processo e da corrente teórica que orienta a atuação do profissional escolhido. E cada sessão, presencial ou online, normalmente dura em torno de 50 minutos. Outra dúvida bastante comum no momento de buscar um psicólogo em qualquer uma das modalidade é: quanto custa? Fique tranquilo! Essa questão normalmente é respondida pelo profissional na primeira sessão, onde serão feitos os acordos e ele vai lhe passar as informações de como vai ocorrer o processo.
O importante é sempre manter em mente de que é fundamental estar disposto e comprometido com seu processo terapêutico, e escolher um profissional que desenvolva um trabalho responsável e que esteja habilitado para exercer a profissão, isso independente de atendimentos online ou presenciais. Se você vem encontrando dificuldade em administrar suas emoções e angústias em tempos de pandemia e distanciamento social, se você busca um espaço que propicie possibilidade para autocinhecimento e um olhar mais leve, ou ainda se você busca uma forma de cuidado com sua saúde emocional, não exite em buscar um profissional psicólogo. Um bom profissional certamente vai lhe ajudar a escolher a melhor modalidade para atendimento, e você estando comprometido com seu processo certamente vai perceber como a psicoterapia pode fazer a diferença na sua vida!
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